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Feira do Livro de Caçapava do Sul

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Arquiteta fala sobre os prédios históricos do município




A arquiteta Michelle Campos Morais apresentou durante a Feira do Livro um estudo sobre os prédios históricos de Caçapava. A proposta foi registrar e contribuir para a preservação das edificações consideradas importantes do ponto de vista arquitetônico, histórico e cultural na área urbana da cidade, através de uma pesquisa sobre a situação atual de bens listados em inventário, no ano de 1987.

Para a realização deste estudo foi estabelecido o critério de delimitação territorial para a seleção dos bens a serem inventariados, sendo contemplada a zona de interesse do patrimônio, que compreende 24 bens (dois foram destruídos e 22 são remanescentes e serão inventariados).

Os bens demolidos são o Barbadão, na rua Sete de Setembro, e o bar da rua 15 de Novembro, esquina com Borges de Medeiros. Os que serão inventariados são: Casa dos Ministérios; o antigo Fórum, hoje Centro Municipal de Cultura; Igreja Matriz Nossa Senhora da Assunção; Casa de Borges de Medeiros; Fonte do Conselheiro; Forte Dom Pedro II; conjunto comercial no Calçadão (Real Confecções); antiga residência na rua Sete de Setembro (Casa Oliveira); antiga residência e comércio na rua Ulhôa Cintra, esquina com Baltazar de Bem; Clube União Caçapavana; Aquarela Fiambreria; Armarinho J. Alves; Monumento ao Centenário Farroupilha; antiga residência na Ulhôa Cintra, esquina Dom Pedro II; antiga residência e comércio na rua Baltazar de Bem; antiga residência na rua General Osório; antiga residência na Ulhôa Cintra; Escola Estadual Dinarte Ribeiro; antiga sede da Polícia Civil; antiga residência e comércio na rua Lúcio Jaime; igreja da escola Dinarte Ribeiro; antiga residência na Ulhôa Cintra, esquina com Barão de Caçapava.

Desses bens, o Forte Dom Pedro II é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Centro de Cultura e a Casa dos Ministérios são tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae).

De acordo com a arquiteta, a data das edificações corresponde de 1800 a 1970, mas algumas delas foram tão modificadas que perderam o aspecto arquitetônico

- Existe o risco de sobrevivência destes prédios históricos, devido ao crescimento urbano, especulação imobiliária e falta de políticas públicas, além de escassa preocupação com a manutenção - disse Michelle Campo.

Ela mostrou algumas referências, como o Centro Histórico de Curitiba, de Porto Alegre e a cidade de Jaguarão, que foi tombada pelo Iphan e hoje é chamada de “Ouro Preto do Sul do Brasil”.

 - A comunidade despertou esse caráter de exploração do turismo. Caçapava tem o mesmo potencial histórico arquitetônico. As pessoas precisam compreender que preservar o antigo é evoluir. É preciso preservar o existente de maneira saudável, para que traga benefícios para a cidade. O primeiro passo é a comunidade querer, para que isso aconteça é necessário saber quais bens contemplam o patrimônio. A partir daí as ações do poder público (busca de recursos, através do corpo técnico) e da comunidade (educação patrimonial) irão se solidarizar - concluiu Michelle Morais.

Legenda:
Arquiteta apresentou painel sobre patrimônio histórico na terça-feira, dia 30

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