Fonte:
Gazeta
de Caçapava
Paulo
Mendes estará na Feira do Livro de Caçapava (Foto: Reprodução/Arthur Puls)
Valorizar
a cultura regional em um momento de globalização completa, numa época de pós
isso e pós aquilo, é o principal objetivo da palestra do jornalista e escritor Paulo
Mendes na Feira do Livro de Caçapava do Sul, dia 14 de maio de 2017.
Com
o título “A Literatura Regionalista Gaúcha e o Caso da Coluna Campereada”,
Mendes pretende abordar diversos temas, como o que é regional e regionalismo, o
que é gaúcho e o que é metáfora na poesia. Também vai enfocar a gênese da
literatura gauchesca, desde seus primórdios nos países do Prata, passando pelos
pioneiros no Rio Grande do Sul até chegar aos autores contemporâneos.
“O
Brasil é um caleidoscópio cultural, formado por diversos matizes folclóricos e
regionais e, aqui no Sul, no garrão da Pátria, temos uma cultura diferenciada
que está dentro deste contexto, nem melhor, nem pior, apenas diferente, e
fundamentalmente expressada nas artes, entre elas, a literatura, a música e a
dança”, destaca o jornalista, atualmente editor de Geral e colunista do jornal
Correio do Povo, de Porto Alegre.
Desde
2009, escreve semanalmente a coluna “Campereada”, no Caderno Correio do Povo
Rural onde, por meio de crônicas, contos e causos retrata parte do universo
campeiro que viveu na infância numa pequena cidade do interior gaúcho. Até os
18 anos foi carroceiro, leiteiro e bolicheiro, quando convive com o povo pobre
e sofrido do nosso interior. “Decidi ser jornalista para escrever e dar voz a essa
gente que não têm voz”, afirma.
Com
três livros publicados e inúmeras participações em coletâneas, vencedor de
vários prêmios de jornalismo e literatura, Paulo Mendes tem sido convidado para
contar sua história e falar sobre sua obra por escolas, universidades, feiras e
CTGs. Para este ano de 2017, estão previstas mais duas publicações, o
Campereadas 3, e um livro apenas com causos humorísticos.
A
respeito de sua obra, o autor a qualifica como uma releitura do regionalismo
tradicional, integrada ao contexto atual, com uma nova linguagem. Os textos
caíram no gosto popular, sem um público definido. Tenho leitores dos 8 aos 80
anos, ou mais, de todas as profissões e camadas sociais, urbanos e campeiros.
Bem como a literatura deve ser, inclusiva e universalista”, avalia.