Francisco Pereira Rodrigues "Cem Anos de Amor ao Livro"
É isso mesmo que vocês acabam de ler: o escritor Francisco Pereira
Rodrigues, presidente honorário da Academia Rio-Grandense de Letras,
completa 100 anos lúcido e ativo, no "Dia Internacional do Livro" - 23
de abril. E por isso aqui está a crônica que publico na edição desta
semana do jornal "Nova Folha Guaibense" que fica próxima à terra natal
dele, Santo Amaro e onde, por acaso resido agora.
Eis a crônica:
É bem verdade que eu não tenho procuração dele e se ele me ler aqui,
vai tentar caçar a minha palavra. Mas não posso calar. Preciso curtir e
repercutir. Não é todos os dias que se pode comemorar um evento como
esse. Um cidadão que festeja os seus 100 anos, exatamente no Dia
Internacional do Livro. E tem mais: esse cidadão é escritor e é o
presidente honorário da Academia Rio-Grandense de Letras. Seu nome:
Francisco Pereira Rodrigues.
Como ele é modesto, e essa é uma
característica dele ao longo desse centenário, ele não queria que o fato
fosse divulgado e pediu para que se limitem as homenagens ao âmbito dos
escritores.
Eu é que achei que era demais e começo aqui a
divulgação: Francisco Pereira Rodrigues completa cem anos no dia 23 de
abril que é, por decisão da UNESCO, o Dia Internacional do Livro. Querem
coincidência maior?
Pois esse homem que foi prefeito de mais de uma
cidade, de sua terra natal, inclusive, só pensa em livros. É por aí que
esse herói vem pautando sua existência, foi como escritor, e leitor que
eu o conheci e sei que ele continuará pelos próximos cem anos, se isso
fosse possível, mas o seu exemplo, a bandeira da sua dedicação, isso sim
ficará.
Quando ele recebeu o troféu “Amigo do Livro”, da Câmara
Rio-Grandense do Livro, em 2012, disse que o momento mais feliz de sua
vida, seria aquele em que se proclamasse que não havia mais analfabetos.
É esse homem que agora é o Presidente de Honra da nossa academia
estadual e aquele que melhor representa o livro, o escritor e os
leitores e que, por esses mistérios da natureza, ainda ostenta esse
galardão a mais: nasceu no Dia Internacional do Livro. E isso há cem
anos! Alguém quer contestar alguma coisa?
Francisco já esteve
várias, muitas, vezes aqui em Guaíba, participando de cerimônias
oficiais, ou pesquisando fatos da nossa história para sobre eles
escrever.
E continua fazendo isso... Dia desses ainda o convidei para experimentar o catamarã e só estamos aguardando uma oportunidade.
Ah, e preparem-se: ele ainda não parou de escrever e a qualquer momento
surgirá com mais alguma surpresa, confirmando essa vida inteira de
dedicação ao livro.
Ele sabe tudo sobre Guaíba e a Revolução
Farroupilha, assim como tudo sabe sobre a atividade que gerou esta
“civilização” do lado de cá do rio...
Temos que homenagear, mesmo que ele não queira cerimônias públicas, esse homem extraordinário.
De minha parte, juro que até rezar para que ele viva mais uns vinte, trinta anos, vou fazê-lo.
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