Por Maria de Lourdes Duarte Cassel, editado no Jornal Gazeta de Caçapava
Pedimos licença para plagiarmos o motivador slogan da nossa
Feira do Livro: Caçapava é uma cidade que lê.
Final de verão.
Com a mudança de horário os dias já haviam se tornado mais
curtos,sem as longas tardes ensolaradas, que convidavam àquelas
gostosas caminhadas. Começamos, então, a sentir um certo recolhimento.
Cidade mais calma. Um pouco sonolenta.Depois do carnaval, em
geral, notamos um clima de nostalgia no ar. É que depois dele, em geral, o
verão está a findar.
Mas, de repente, como num toque de mágica, algo se modificou
dentro de nós e em nosso estado de espírito. Foi quando percebemos aquelas
belas árvores, chamadas bolão de ouro, no desabrochar de suas exuberantes
flores amarelas, a enfeitarem vários
locais. Em seguida, percebemos as palmas
cor de rosa, também a se abrirem, num prenúncio de outono que, para muitos gaúchos, é
a estação mais bonita do Rio Grande do Sul.
Dentro destas reflexões, chegamos em frente ao Dinarte
Ribeiro. Era uma manhã de sábado e ficamos a admirar a árvore e as palmas de
que faláramos e que ali já existem há muitos anos. Foi quando, uma cena nos chamou a atenção: a frente daquele Educandário estava repleta de mães e pais, muitos a
conversarem, com a felicidade estampada no rosto. É que estavam a aguardar seus filhos, que ali
deveriam estar cursando a primeira ou outras séries iniciais. Ficamos a
observar e aplaudir aquela protetora e
carinhosa espera.
A emoção nos levou a uma viagem de volta no tempo.Nos vimos
criança novamente, saindo daquela escola e tendo alguém querido à nossa espera.
Vimos, ainda, saindo dali nossos filhos e uma de nossas netas. Vimos muito mais:
em cenas rápidas, mas nítidas, o rostinho de centenas de crianças que nessa ou
em outros colégios alfabetizamos ou que foram nossos alunos da primeira à
quinta série.( quando os preparávamos
para o famoso exame de admissão ao Curso Ginasial). Deles ficaram histórias e
emoções que não se apagam, porque ficaram imorredouras e com o gosto de :
“Conta Mais”.
Novamente sentimos aquele toque mágico no ar. Voltamos ao presente e, desta vez, enxergamos nossa cidade através de uma lupa
que nos fez vê-la, com suas ruas animadas por
crianças, jovens e adultos que as percorrem,diuturnamente, em direção às respectivas casas de ensino que irão acolhê-los.
Vimos Caçapava que desperta. A Caçapava que possui Creches,
Escola Especial da APAE, Pré Escola, Ensino Fundamental e Médio e suas
Universidades que têm atraído jovens de
outras cidades ou estados. Instituições ligados à rede municipal, estadual,
federal e particular. Não esquecendo aqueles que realizam Cursos à Distância; os que, nos finais das tardes, embarcam em ônibus, em
busca de graduação em outras localidades; e, também,aqueles que, com residência
fixa, estão matriculados em Cursos Superiores ou de Especializações, fora
daqui.
Quando lemos, com tristeza, a baixa classificação do Brasil,
frente aos demais países, em relação a tão debatida Educação, ficamos orgulhosos
por sentirmos que
Caçapava, com muita
energia, está a
vencer barreiras.
Lembramos, com
admiração, todos que,
com grande idealismo,
lutaram para que
a cultura fosse implantada em
nossa terra, levantando,
sem esmorecer, a
bandeira da Educação.
Esperamos que os professores, vigas-mestras deste
processo, não esmoreçam, nem
desistam de seus
sonhos.
Existe também no ar grandes motivações: a proximidade da XXIII Feira do Livro que, em 2013, iniciará em
26 de abril. Ela é um dos pontos culturais mais relevantes e agregadores
de nossa comunidade, porque: Caçapava é
uma cidade que estuda. Porque Caçapava é uma cidade que lê, cresce e progride.
O poeta Castro Alves, que tem o dia de seu nascimento, quatorze de março, lembrado como o Dia da Poesia , escreveu numa antecipada inspiração de luz: Daí o livro ao povo/ E mandai o povo pensar/ Que o livro caindo na alma/ É germe que faz a palma/ É orvalho que faz o mar.
O poeta Castro Alves, que tem o dia de seu nascimento, quatorze de março, lembrado como o Dia da Poesia , escreveu numa antecipada inspiração de luz: Daí o livro ao povo/ E mandai o povo pensar/ Que o livro caindo na alma/ É germe que faz a palma/ É orvalho que faz o mar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário