Fonte:
No último domingo (20), em almoço festivo realizado no
Salão Paroquial, Comissão Organizadora da 23ª Feira do Livro de Caçapava do
Sul, promoveu a eleição do seu patrono, que neste ano seria um escritor de fora
do município.
Depois de exaustiva pesquisa foram identificados 54
candidatos, entre escritores e escritoras, que participaram das nove últimas
feiras do livro (de 2004 a
2012), por isto se constituindo em candidatos potenciais ao cargo de patrono.
Todos os presentes no Almoço Festivo tiveram oportunidade de
votar. Ex-patronos e membros da Comissão Organizadora, impossibilitados de
comparecer, votaram em separado, por e-mail ou telefone.
Apurados todos os votos por uma comissão provisória, formada
pela Secretária de Educação Maureli Lopes de Melo, pela Secretária de Cultura e
Turismo Maria Alice Garcia dos Santos, assessoradas pela Cátia Cilene Morais, foi
eleito o patrono (41,5% dos votos) e anunciado para os presentes: Airton Ortiz.
Então, resta-nos começar a falar no patrono e na sua obra.
Ele esteve na Feira do Livro de Caçapava do Sul nos anos de 2005, 2007 e 2012,
conquistando admiradores e distribuindo conhecimento, histórias e simpatia.
Ortiz é uma pessoa simples, tranquila, boa praça, que apesar
das suas competências não apresenta aquele ar de superioridade dos famosos. Nosso escolhido é um aventureiro corajoso, um homem que
adora a natureza selvagem, percorrendo-a como um caçador voraz, que vai à
procura de dados e fatos que se transformam em histórias fabulosas, tão
incríveis quanto reais.
Muitos que curtem uma adrenalina não se atreveriam a imitar
Ortiz e escalar o Kilimanjaro, a mais alta montanha da África, como fez o
jornalista.
Moacyr Scliar nos falou no “estilo Ortiz” de viajar, que
nada tem a ver com turismo convencional, aquele das viagens planejadas, de
estadia em hotéis cinco estrelas. Diz que ele quer o inusitado: o inusitado em
paisagens, o inusitado em experiências, o inusitado em encontros com pessoas, o
inusitado em culinária, até.
E esse emaranhado de inusitados transforma-se,
diante do escritor comprometido, numa narrativa ágil, pitoresca, sempre
fascinante, uma narrativa que nos permite partilhar, pelo menos um pouco de
suas aventuras.
Viajamos todos através das suas narrativas, com prazer,
encantamento e emoção, conhecendo mais e melhor o mundo em que vivemos.
Sei que Airton recebeu muitos prêmios, prêmios de diversos
calibres, mas aqui não vou falar neles. Gostaria de mencionar que sua obra, por
si tradutora da sua natureza, do seu fascínio diante do insólito, do inóspito,
do novo, do surpreendente, vale a pena ser lida e relida.
Para não me alongar não falarei nos documentários para a
televisão e nem nas milhares de fotos de diversos países, especialmente sobre
natureza selvagem, produzidos pelo nosso patrono.
Airton Ortiz foi uma escolha excelente da Comunidade Cultural Caçapavana.
Todos poderão comprovar a partir de 26 de abril de 2013.
*Coordenador da Feira do Livro de Caçapava do Sul
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