Fonte: Gazeta
de Caçapava
A comissão organizadora da Feira do
Livro promoveu uma confraternização na Chácara do Forte no final da manhã de
sábado, dia 02. Estiveram presentes o patrono Juremir Machado da Silva e a
comunidade cultural caçapavana.
O bate papo foi acompanhado com um
almoço. Após, o coordenador do evento, Pedro Vanolin, agradeceu a participação
de Juremir e sua esposa na 25ª edição da Feira e fez o convite para a palestra
do patrono que acontece durante a noite.
O agradecimento foi seguido por
marcante declamação poética do professor Rivadavia Severo e músicas ao som da
voz e violão do professor Luiz Hugo Burin e o gaiteiro Vitor Hugo.
Juremir responde
Entre uma música e outra, Juremir
Machado respondeu perguntas dos jornalistas. Confira abaixo um pouco mais sobre
o Patrono e sua visão sobre a mídia.
Além de seu
histórico profissional, qual é sua visão como jornalista de opinião, sobre a
imprensa brasileira. Ela segue uma ou várias linhas editoriais?
Juremir - Comecei trabalhando no jornal Zero Hora em 1986. Foi meu primeiro
trabalho com carteira assinada. Trabalhei lá até 1995. Atualmente, além de
colunista no Correio do Povo, sou professor universitário. Quanto a outra
questão, não vejo uma diferença tão acentuada. Cabe ao jornalista desafiar seus
limites e ir atrás de algo quando é realmente relevante. Sou uma pessoa
realista, posso não acreditar nos valores da instituição, mas tenho que
respeitar. Para isso, nada melhor do que ter bom senso.
Com a evolução
tecnológica tu acreditas que os jornais podem acabar em um futuro não tão
distante?
Juremir – Jornalistas e jornais vão existir sempre. O que muda é o suporte.
Começou com escritas em papiros, depois no papel e agora é digital. A internet
é um meio mais barato e mais rápido para difusão de informações. Tudo isso não
significa que o jornalismo esteja em crise, mas os jornais impressos. Só sei
que tem que estar preocupado mesmo é com o fabricante do papel!
Hoje em dia todos
podem produzir e publicar os mais diversos tipos de conteúdos na internet. Você
vê isso como algo positivo ou negativo?
Juremir – Acho bom, mas as pessoas precisam ter um cuidado ao interagir,
principalmente nas redes sociais. Existem muitas discussões desmedidas. É
preciso que haja um amadurecimento e mais responsabilidade antes de se publicar
algo.
Tu te consideras
dentro do espetáculo da mídia? Por quê?
Juremir – Claro! Não tenho
como escapar. Faço jornalismo de opinião e não existe opinião isenta. Existe o
que é e o que não é pertinente. Como diria George Orwell, “jornalismo é
publicar aquilo que se quer esconder”.
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