Fonte:
Jornal Gazeta de Caçapava
Existem diversas formas de se escrever um livro. Pode ser baseada em experimentos científicos, com temas do cotidiano ou inteiramente da imaginação, e aí vale a criatividade do autor. Mas há também aqueles que preferem contar histórias sobre suas experiências e aventuras vividas. E é neste último caso que se encaixa o jornalista e escritor, Airton Ortiz.
Natural de Rio Pardo, o escritor já visitou mais de 80 países e suas expedições deram origem a 14 livros. Em entrevista a Gazeta nesta semana, ele falou sobre a vida pessoal, profissional e das duas palestras que irá proferir nos dias de 08 e 09 de maio, durante a XXII Feira do Livro de Caçapava do Sul.
Gazeta - Quando e porque decidiu seguir a carreira de escritor?
Airton Ortiz - Minha carreira de escritor foi uma sequência natural do jornalismo, quando troquei a mídia jornal pela mídia livro, que me permite aprofundar os assuntos tratados.
Gazeta - Quantos e quais livros já publicaste?
Airton Ortiz - Já publiquei 14 livros.
a) Coleção Viagens Radicais (reportagens, na ordem que foram publicados)
1) Aventura no topo da África
2) Na estrada do Everest
3) Pelos Caminhos do Tibete
4) Cruzando a Última Fronteira
5) Expresso para a Índia
6) Travessia da Amazônia
7) Egito dos faraós
8) Na trilha da Humanidade
9) Em busca do Mundo Maia
10) Vietnã Pós-guerra.
b) Coleção Expedições Urbanas (Crônicas sobre cidades)
1) Havana
2) Jerusalém
c) Coleção Romance (romances de aventura)
1) Cartas do Everest
2) Gringo (no prelo)
d) Fotografia
1) Retratos da Terra
Gazeta - Conte um pouco sobre suas expedições. O que você aprendeu, viu e sentiu com essas aventuras?
Airton Ortiz - Nos últimos 15 anos percorri 80 países para escrever esses livros. O contato com as outras culturas, em especial aquelas que ainda preservam suas características, foi fundamental na formação da minha visão de mundo. A diversidade abre o nosso coração, ilumina a nossa mente; nos livra dos preconceitos. Enfim, viajar nos enriquece tanto profissional quanto pessoalmente. Gosto de pensar que a nossa vida é o resultado dos livros que lemos, das viagens que fazemos e das pessoas que amamos.
Gazeta - Conseguiu “colocar” todo esse aprendizado nos seus livros?
Airton Ortiz - Em termos de informação não, porque cada livro aborda um tema específico e muitas das experiências vividas foram deixadas de lado da narrativa. Mas em termos humanísticos, sim; pois meus livros são reflexos de todo este aprendizado.
Gazeta - Estas experiências serão o tema das suas palestras na Feira do Livro de Caçapava? Quais assuntos serão abordados?
Airton Ortiz - Sim. Falarei um pouco sobre as viagens que deram origem aos livros. Mostrarei fotos, contarei das expedições, responderei perguntas.
Gazeta - A palestra será realizada em que dia da Feira?
Airton Ortiz - Dia 8, às 20h10min, na feira e dia 9, de manhã, em uma escola.
Gazeta - Qual é a sua expectativa para participar da XXII Feira do Livro do município?
Airton Ortiz - A feira de Caçapava é uma das mais bem organizadas do Rio Grande do Sul. Além dessa ótima organização, ela dá uma ênfase muito grande à leitura, sendo muito mais um evento cultural do que comercial. Gosto disso.